segunda-feira, 13 de setembro de 2010

VELHOS HÁBITOS DA NOVA "SENHORA"

Depois de uma das piores épocas da sua história, com um surpreendente (será?) sétimo lugar, a Juventus entrou na nova temporada com aspirações renovadas e muitas alterações no seu plantel. No entanto, o arranque em falso (derrota com o Bari, na primeira jornada) começou, desde logo, a colocar questões sobre valor da "Vecchia Signora" versão 2010-2011.
Interrogo-me se seria apenas o resultado da remodelação levada a cabo pelos dirigentes "bianconeri", mas a recepção à Sampdória (3-3) desacreditou a minha ideia.
O encontro com a formação de Génova trouxe à luz as mesmas dificuldades da temporada passada, com a atenuante de a Juve ter agora maior profundidade pelas alas, com Pepe e Krasic (o grande desequilibrador), no 4-4-2 elaborado por "Gigi" Del Neri.
No entanto, o meio-campo, com o duplo-pivot Felipe Melo/Marchisio a não chegar para as encomendas na hora de pressionar e soltar a bola, continua a exigir a presença de um pensador de jogo. Talvez Aquilani, que entrou na segunda parte, pudesse dar essa maior objectividade, embora não seja o verdadeiro "trequartista".
Felipe Melo é o mesmo jogador forte na marcação, mas instável durante os 90 minutos, alternando boas recuperações com passes totalmente descabidos, enquanto Marchisio é mais um médio de rupturas, como foi possível ver no segundo golo da Juventus.
Frente à Sampdória, foi o avançado Quagliarella a baixar muitas vezes no terreno para receber a bola, levá-la para a frente e entregá-la a Del Piero, cada vez mais um "pivot" ofensivo, que procura tabelas à entrada da área.
Apesar da inegável qualidade técnica do número 10 "bianconeri", os 35 anos começam a pesar e a pouca intensidade que coloca no jogo deixa dúvidas quanto à sua titularidade. Sem Amauri, lesionado, talvez uma dupla Quagliarella/Iaquinta desse maiores garantias, permitindo ao ex-Nápoles a tal liberdade de movimentos, complementada pelas rupturas de Marchisio e Krasic.

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