quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Shakhtar Donetsk (UCR)

Longe vão os tempos áureos do grande Dínamo de Kiev do já falecido «mestre» Valeriy Lobanovsky. Tempos de grandes conquistas e de grande domínio na antiga URSS. Depois das décadas de 70, 80 e 90, raras foram as aparições em força de uma equipa de Leste nas grandes competições europeias.
Agora, no novo século, começa a emergir aquela que poderá vir a ser a grande potência futebolística a representar a Europa de Leste e a dar seguimento às grandes campanhas europeias do Dínamo de Kiev no passado.

O Shakhtar Donetsk, actual vice-campeão, com apenas três títulos nacionais no seu palmarés, todos eles conquistados a partir de 2000, é, neste momento, o clube mais mediático da Ucrânia. Apelidado de «Chelsea do Leste», é propriedade do magnata ucraniano Rinat Akhmetov, que não olhou a despesas nos últimos anos para construir os recentes plantéis do clube.

A actual equipa do Shakhtar possui 9 nacionalidades diferentes, sendo que a grande fatia estrangeira pertence ao contingente brasileiro (6), que acrescenta à equipa um toque mais latino e que se complementa na perfeição com o carácter mais físico e calculista do Leste.

O técnico Mircea Lucescu, desde 2004 no clube, elaborou a equipa num sistema 4-1-3-2, variante do 4-4-2.
Na baliza, o jovem Andriy Pyatov é um guarda-redes elástico e seguro, embora, mercê também da pouca experiência, tenha alguns aspectos a melhorar, um dos quais as saídas a cruzamentos.
Os laterais são ambos ofensivos. Tanto Srna, na direita, como Rat, na esquerda, dão profundidade aos respectivos flancos, embora o internacional croata renda mais como médio-ala num sistema 3-5-2, com liberdade para fazer a faixa toda, ou num 4-4-2, jogando do lado direito do meio-campo. No centro da defesa, Hübschman faz parceria com o capitão Chygrynskiy, jovem central de 20 anos vindo das camadas jovens do clube e com grande margem de progressão. Hübschman é o central de marcação e Chygrynskiy joga mais como central posicional, ao estilo de um grande líbero.
No meio-campo, à frente da defesa, está Lewandowski, 28 anos, desde 2001 no clube, que tem agora a função de fazer esquecer o ex-capitão dos «mineiros» Tymoschuk, que abandonou o clube depois de 10 anos em Donetsk, transferindo-se para o Zenit da Rússia. Tymoschuk era a âncora da equipa, autêntica placa giratória do meio-campo, com excelente sentido posicional e cultura táctica. Lewandowski, com um estilo diferente, mais duro na abordagem dos lances, acrescenta no entanto enorme solidez defensiva ao meio-campo, possibilitando que Fernandinho se solte em missões mais ofensivas, juntando-se a Jádson, o organizador de jogo da equipa, possuidor de excelente técnica e visão de jogo. Na direita do meio-campo, aparece um dos bons jogadores desta equipa, Ilsinho, vindo esta época do São Paulo, onde jogava como lateral, preenchendo a faixa e dando profundidade ao flanco, possibilitando igualmente algumas trocas com Srna. Ilsinho, mais técnico, aparece muitas vezes no ataque em apoio lateral aos atacantes Brandão e Lucarelli, duas poderosas torres que dão muito trabalho às defensivas contrárias.
Brandão joga mais solto no ataque, partindo preferencialmente da esquerda para o meio em diagonais, para depois finalizar em força. Cristiano Lucarelli, mais fixo no ataque, é o típico ponta-de-lança de área. Excelente cabeceador, possui um forte remate e sabe marcar livres. É o grande nome desta equipa do Shakhtar. Depois de uma experiência falhada fora de Itália (Valência), regressou ao seu país para relançar a carreira e acabou por se tornar num caso sério na Serie A. Nas últimas quatro temporadas, em Livorno, marcou 92 golos.


1 comentário:

Anónimo disse...

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