quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A METAMORFOSE DE HULK

A mesma potência, a mesma rapidez, a mesma explosão...mas com uma diferente leitura do jogo e de movimentos. É o factor Hulk a decidir jogos em Portugal e na Europa.
Muitas vezes criticado - e bem! - pelo excesso de individualismo que colocava no jogo, nem sempre benéfico para a equipa, Hulk parece ter encontrado uma nova vida.
O treinador mudou, mas o sistema de jogo é o mesmo (4-3-3) e a posição que o nº12 portista ocupa no terreno é idêntica à que ocupava na temporada transacta, embora os movimentos dos companheiros sejam diferentes. O que esteve, então, na génese da significativa evolução do jogador que antes decidia jogos a favor e contra a sua equipa?
Com 13 golos em 13 jogos oficiais, melhor marcador da Liga portuguesa (oito golos em outros tantos jogos), o brasileiro está finalmente a colocar todo o seu potencial ao serviço do colectivo, emergindo como a principal figura de um FC Porto invencível neste início de época.
Hulk mantém o mesmo arsenal de fintas, remates, mas finalmente interiorizou a fórmula para o sucesso individual e colectivo: tornar-se um dos onze, em vez de um entre onze. Com esta modificação de comportamento passou a comunicar de outra forma com o jogo.
À imagem do que sucedia na temporada passada com Di María no Benfica, Hulk está a desequilibrar por completo o campeonato português e aos poucos está a tornar-se num jogador mais completo. É a prova de que só o talento não chega, se a cabeça não acompanhar o crescimento técnico.

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