sábado, 18 de setembro de 2010

SÓ UM RATO ATÓMICO PODE FURAR UMA ALCATEIA

Tottenham 3-1 Wolverhampton

Após o empate 2-2 na Alemanha, frente ao Werder Bremen, Harry Redknapp fez apenas duas alterações no "onze" titular. Com Lennon a iniciar o jogo no banco, foi notória a falta de intensidade e de profundidade no flanco direito.
O Tottenham entrou em campo no clássico 4-4-2, com Van der Vaart e Kaboul (central de origem) a ocuparem a ala direita, o que deixou a formação de Londres "coxa". Perante um Wolves muito certinho e bem colocado no campo, cortando as linhas de passe aos jogadores londrinos, tornava-se evidente a dependência nas arrancadas de Bale no flanco contrário. Sem dinâmica ofensiva, era o galês quem levava a equipa para a frente.
Encostado à linha, Van der Vaart apenas ganhava preponderância quando fugia para o centro para rematar ou fazer passes de ruptura, o que acabou por afunilar o jogo do Tottenham.
Com a dupla Jenas/Huddlestone demasiado fatigada, com um Robbie Keane pouco móvel, que pudesse sair da área e permitir as entradas dos médios, e com Crouch mal servido (de que vale tê-lo numa equipa que não flanqueava jogo?), Harry Rednapp acabou por ler bem o que estava a acontecer e, em cima do intervalo, lançou o lateral direito Alan Hutton.
Sem os movimentos de ruptura dos dois médios centro, a chave da reviravolta esteve precisamente no lado direito, já com Lennon em campo, um autêntico "rato atómico", que serviu de abre-latas e desequilibrou por completo a defensiva adversária.

Sem comentários: