O internacional português atravessa neste momento uma fase difícil na sua carreira. Transferido para a recém-promovida Juventus no início desta temporada, tudo levava a crer que Tiago fosse uma das peças importantes no meio-campo da «vecchia signora», apostada em voltar à elite do futebol italiano e europeu. Mas, a ausência da equipa titular, é, cada vez mais, uma realidade. Uma realidade que já provocou algumas manifestações de desagrado por parte de Tiago.
O início foi prometedor e os treinos de pré-época impressionaram os adeptos da Juve que viam em Tiago um excelente reforço e um jogador «bravíssimo». Mas os jogos amigáveis rapidamente demonstraram alguma falta de adaptação a um futebol diferente. Neste momento, ao fim de sete jornadas de Serie A, contabiliza apenas três presenças pela equipa.Tiago estava habituado, desde os tempos em que jogou no Benfica, a princípios de jogo que contemplavam uma maior participação do meio-campo nas jogadas ofensivas, um jogo mais apoiado com passe curto e em progressão. Foi assim no Benfica, no Chelsea e no Lyon. E, em todos eles, Tiago conseguia explanar o seu futebol, beneficiando da liberdade que tinha para aparecer à entrada da área para poder aplicar o seu forte remate.
Chegado à Juventus, o que encontrou foi precisamente o contrário. O futebol italiano, mais directo e com maior pressão sobre o jogador que está em posse da bola, impossibilita que Tiago consiga receber, pensar e passar. Desta forma, a preferência dos treinadores passa por jogadores mais combativos, apenas envolvidos na recuperação de bola a meio-campo. O técnico da Juve, Claudio Ranieri, utiliza dois médios de características mais defensivas, Zanetti e Nocerino, apesar do segundo descair para o lado direito. Nedved joga pela esquerda e, na segunda linha do meio-campo, aparece Del Piero no apoio aos avançados. Assim, Tiago perde espaço e, no actual sistema de jogo da Juventus, é muito difícil encontrar um lugar onde o português consiga desenvolver o seu futebol.
Já se fala numa possível saída em Janeiro e, assim sendo, tanto Inglaterra como Espanha parecem ser apostas mais de acordo com as suas características.
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