
O Tottenham entrou em campo no clássico 4-4-2, com Van der Vaart e Kaboul (central de origem) a ocuparem a ala direita, o que deixou a formação de Londres "coxa".
Perante um Wolves muito certinho e bem colocado no campo, cortando as linhas de passe aos jogadores londrinos, tornava-se evidente a dependência nas arrancadas de Bale no flanco contrário. Sem dinâmica ofensiva, era o galês quem levava a equipa para a frente.

Encostado à linha, Van der Vaart apenas ganhava preponderância quando fugia para o centro para rematar ou fazer passes de ruptura, o que acabou por afunilar o jogo do Tottenham.
Com a dupla Jenas/Huddlestone demasiado fatigada, com um Robbie Keane pouco móvel, que pudesse sair da área e permitir as entradas dos médios, e com Crouch mal servido (de que vale tê-lo numa equipa que não flanqueava jogo?), Harry Rednapp acabou por ler bem o que estava a acontecer e, em cima do intervalo, lançou o lateral direito Alan Hutton.
Sem os movimentos de ruptura dos dois médios centro, a chave da reviravolta esteve precisamente no lado direito, já com Lennon em campo, um autêntico "rato atómico", que serviu de abre-latas e desequilibrou por completo a defensiva adversária.
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